Portuários de São Sebastião paralisam atividades e exigem reajuste salarial e manutenção de benefícios

Os trabalhadores do Porto de São Sebastião, em São Paulo, iniciaram às 7 horas desta quarta-feira (9) uma paralisação de 24 horas em protesto a inflexibilidade do Codec (órgão fiscalizador do Estado) e da Companhia Docas em negociar o acordo coletivo da categoria.
A categoria reivindica reajuste salarial com reposição da inflação do período mais ganho real de 5% e a manutenção das cláusulas do acordo coletivo. Os trabalhadores tentam fechar acordo há meses, mas a empresa é irredutível e além de oferecer 0% de reajuste, ameaça reduzir benefícios. A principal perca seria no plano de saúde, exigindo a co-participação dos funcionários obrigando-os  a pagar uma taxa referente a exames, consultas e outros procedimentos. Para o vice-presidente do Sindaport, Sindicato que representa a categoria, João de Andrade, o que a empresa propõe “é inaceitável. A categoria já deixou bem claro sua insatisfação na última assembleia, é por isso que hoje estamos aqui”.
Ele ainda explica que a expectativa é que a Companhia apresente uma contraproposta até amanhã. “O que nós estamos pedindo não é nenhum absurdo, é o mínimo que um trabalhador precisa para manter suas famílias com dignidade. A crise não poder usada como desculpa para sempre. Porque o que mais escutamos é isso, mas só os trabalhadores é que estão sendo prejudicados com isso, enquanto  o governo toma várias medidas que só beneficiam as empresas e a ele mesmo. Isso não é justo com o trabalhador”, afirma.
O dirigente ainda ressalta que, caso uma contraproposta não seja apresentada até amanhã, o Sindaport vai entrar com pedido de Dissídio para que o impasse seja resolvido na Justiça. “Esse não é o melhor caminho, nós estamos abertos a negociação, mas precisamos de uma solução.”







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