O Fórum dos Sindicatos do Litoral Norte tem atuado em apoio à greve dos Correios. É possível verificar em algumas publicações (1 e 2) no Facebook e (1 e 2) neste Blog. Nos atos realizados até hoje, atuamos com um boletim específico para este momento.
Disponibilizamos aqui o boletim de forma integral:
Todo Apoio à Greve dos Correios
Neste momento tão duro que o país atravessa com a pandemia
batendo a casa de mais de 110 mil mortos, em sua esmagadora maioria negros e
pobres, o Governo de Bolsonaro se aproveita para impor seu nefasto projeto de
privatização das estatais e redução de direitos trabalhistas com o rebaixamento
dos Acordos Coletivos de Trabalho. Isso tem se dado com os trabalhadores dos
correios que se colocaram por erguer um
movimento grevista para defenderem as suas condições de trabalho e vida. Essa
mesma investida de privatização e redução dos direitos é impostas aos
trabalhadores da Petrobrás e dos portuários.
Precisamos ter claro que antes da pandemia já estava em
curso uma crise econômica, que foi potencializada pela crise pandêmica. Como
forma de descarregar a crise sobre os trabalhadores, Michel Temer já havia
imposto a reforma trabalhista que rebaixava a CLT retirando os direitos.
Bolsonaro já havia imposto a reforma da previdência que impedirá a maioria dos
trabalhadores de se aposentarem. Está claro o caráter antinacional e
antipopular do governo federal que é seguidos pela maioria dos governadores e
prefeitos que seguem o mesmo curso como Doria e Bruno Covas que em São Paulo
seguem privatizando os hospitais e a educação.
A burguesia e seus governos hipocritamente
tentaram impor o isolamento social com a fala de “defesa da vida”. Bastou a
falência dos negócios se impor para estes obrigarem os trabalhadores a voltarem
ao trabalho, quando as mortes batiam a casa de mais de 1200 mortos por dia.
Diante da crise capitalista e da necessidade do lucro, a burguesia não pode ser
consequente com a bandeira de “isolamento social”, o máximo que pôde fazer foi
separar uma parcela que pode se afastar da que foi obrigada a continuar
trabalhando. Foi neste momento que o governo se aproveitou para ir fundo na
redução dos salários e nas demissões a partir da MP936. Agora orquestra junto
ao parlamento mais duas reformas, a tributária e a administrativa. Com certeza
estas cairão como chumbo sobre o proletariado e demais trabalhadores.
Como podemos perceber os ataques são os mesmos às diferentes categorias das empresas estatais. Essa situação coloca a necessidade da unidade destas categorias para lutarem pela garantia das suas condições de sobrevivência. Para enfrentar o entreguismo de Bolsonaro/Guedes devemos colocar levantar uma luta unitária contra as medidas anitinacionais e entreguistas do governo, só assim podemos unificar verdadeiramente os trabalhadores das diferentes categorias. As centrais e os sindicatos têm a obrigação de unificar estas lutas, chamando um verdadeiro Dia Nacional de Lutas. Os últimos chamados não saíram do palavreado. A maioria dos sindicatos continuam a não abrirem suas portas para organizar os trabalhadores em assembleias e comitês para que coletivamente possam impor um plano de emergência para o enfrentamento das crises econômica e pandêmica. Os capitalistas aproveitam do imobilismo das burocracias sindicais para avançar na retirada dos direitos.
POR UM VERDADEIRO DIA NACIONAL DE LUTAS, CONSTRUÍDO NOS CHÃOS DAS FÁBRICAS E DEMAIS LOCAIS DE TRABALHO!
CONSTRUIR AS ASSEMBLEIAS E COMITÊS PARA ENFRENTAR COLETIVAMENTE AS CRISES!
EM RESPOSTA AO ENTREGUISMO DAS ESTATAIS, POR EM PÉ UMA LUTA UNITÁRIA CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES/DESNACIONALIZAÇÕES!
VIVA A GREVE DOS CORREIOS!
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