PARALIZAÇÃO DA UTGCA - PETROBRAS - CARAGUATATUBA

Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais repudiam entrega do pré-sal e atentado à democracia





Trabalhadores, estudantes e movimentos sociais de vários segmentos defenderam a importância da estatal na economia nacional e alertaram para riscos que correm os brasileiros com o projeto que muda regras de partilha do pré-sal








Trabalhadores de vários segmentos, estudantes e movimentos sociais realizaram, nesta quarta-feira (13), um ato em defesa da estatal, da democracia e contra a entrega do Pré-Sal. A manifestação é uma reação ao projeto de lei 131/15, do senador José Serra (PSDB), que pretende tirar da empresa a condição de operadora única do pré-sal.



O ato foi organizado pelo Fórum dos Sindicatos do Litoral Norte e contou com a presença de diversas entidaes, movimentos sociais e estudantis, como Movimento do Estudantes Secundaristas de Caraguatatuba, Trabalhodores do Sistema Prisional Paulista, Servidores Municipais de São Sebastião, Professores Estaduais, Portuários, entre outros.



Para Rogério Grossi de Britto, Servidor Estadual, a lei de partilha é “única do mundo” ao colocar uma empresa do governo como sendo a operadora prioritária das reservas de petróleo. O modelo, segundo ele, é ainda mais benéfico por garantir que a empresa controle e fiscalize, “para evitar a exploração predatória”.



Economicamente, segundo Grossi, também não há motivos para entregar a soberania da nação. A Petrobras extrai óleo do pré-sal a “um custo menor possível”, a US$ 9, dos US$ 46 que valem hoje o barril. A lei do regime de partilha determina que parte do excedente seja destinado ao governo.



O Peroleiro Thiago Nicolini explica que a alteração de regime prejudicará avanços significativos para a nação. “O custo de uma nova empresa será maior e o que se destina ao governo será menor. Consequentemente, o que vai para a educação e saúde também será menor”, afirma.



Segundo o Professor Carlos Bruno, o ato é contra “o golpismo e o entreguismo” de Serra, que pretende entregar o petróleo brasileiro ao capital estrangeiro e tirar do Brasil a soberania de “conduzir o próprio destino”.



Carlos Bruno afirma que a classe operária não aceitará o descumprimento da democracia. Segundo ele os cidadãos estão atentos ao discurso da “extrema direita e entreguista da nação”, que pretende entregar as riquezas nacionais para interesses multinacionais. Vamos resistir até o fim e o Brasil continuará a ser dono dessa riqueza tão importante para o desenvolvimento nacional”, destacou o Professor.



O representante do movimento estudantil, Vitor Moratto, lembrou que a UNE lutou por 10 anos para que na lei do petróleo fosse incluída a destinação de 50% do fundo social do pré-sal e 75% dos royalties do petróleo, para a educação.



O estudante ressaltou que Serra já defendeu o monopólio do petróleo para a Petrobras. “Justamente o ex-presidente da UNE, que defendeu o monopólio da Petrobras, depois que se tornou senador quer entregar o petróleo para as empresas estrangeiras. Nós não vamos deixar”, declarou.



Segundo Luan Moreno, da Juventude, o ato demonstra ao à sociedade que os movimentos sociais organizados estão atentos na defesa da democracia e da Petrobras.



“E para nós, da juventude, defender a Petrobras e o regime de partilha do pré-sal é defender mais políticas públicas para fortalecer cada vez mais o Brasil. Essa oposição conservadora precisa entender que ela perdeu nas urnas”, destaca Luan.
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