No Litoral Norte: Dia Nacional de Luta Contras as Reformas da Previdência e Trabalhista.

Durante toda a manhã de hoje (15/03/17) Petroleiros, Portuários, Professores, Servidores Municipais, Servidores do INSS, Agentes Penitanciários, Movimentos Sociais e Estudantes se reuniram e realizaram diversos atos na cidade de São Sebastião/SP

As ações tiveram início às 7 horas no Porto de São Sebastião onde as atividades foram paralisadas e realizada a concentração para os atos do Dia Nacional de Luta Contras as Reformas da Previdência e Trabalhista.

Após a concentração os participantes realizaram manifestação, panfletagem, discursos  e a interdição da Avenida Guarda Mor e em seguida a ocupação da Agência do INSS na cidade.


“Esse governo não tem legitimidade para fazer isso (as reformas). Esse projeto não foi eleito. Os financiadores do golpe queriam exatamente isso. As reformas da Previdência e Trabalhista só melhoram as coisas para os lucros dos empresários. Vai ser a desgraça da classe trabalhadora”, afirmou Rogério Grossi de Britto (Agente Penitenciário).

O Delegado do Sindipetro-LP, Tiago Nicolini, afirma que para ele não há nenhuma possibilidade de diálogo quanto à proposta. “Não há possibilidade de melhorar o projeto. Ele é péssimo para o povo brasileiro e precisa ser retirado”.

Rita de Cássia Pinto, da Federação dos Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social explica que um dos principais pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que define a reforma da Previdência, é que seja estabelecida idade mínima de 65 anos, eliminando a concessão do benefício por tempo de serviço. O valor da aposentadoria, de acordo com o projeto, passará a ser calculado levando-se em conta 51% das maiores contribuições com 1% adicionais a cada ano de contribuição. Na prática, isso faz com que seja necessário trabalhar formalmente por 49 anos para se obter o benefício integral.

Os trabalhadores também ressaltaram que o argumento do governo Temer sobre o déficit na previdência é falacioso, já que desconsidera que o orçamento da Seguridade Social contempla previdência, assistência social e saúde, e não apenas o pagamento benefícios previdenciários. Outra ponto é que há muitas desonerações aplicadas pelo governo federal que reduzem o montante arrecadado pela previdência, além de dívidas de sonegação da ordem de R$ 487 bilhões  que o governo Temer não propõe cobrar.

Para o portuário Rodolfo Martins, o que o governo Temer propõe não é uma reforma. “O que eles querem é liquidar os direitos para ampliar o lucro dos empresários. Querem transformar a previdência em um produto privado, comercializado pelos bancos. Vão deixar a população mais vulnerável, sem apoio nenhum. A maior parcela dos trabalhadores hoje não vão ter condições de bancar uma previdência privada”, afirmou.

Algumas categorias pretendem fazer paralisações durante todo o dia de hoje. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) já havia proposto paralisação neste dia e, portanto, outras cidades pelo país também terão greve de docentes.

O Sindicato dos Servidores Municipais de São Sebastião (SindServ) apoiam os atos e paralisações e está apoiando toda a movimentação dos trabalhadores nesse dia. Alexandre Lisboa afirma que também são esperados protestos espalhados pela cidade e travamento de vias e rodovias por todo o Litoral Norte. "Tenho convicção de que uma forte pressão, começando hoje, pode refletir na posição dos deputados. O governo Temer vivencia uma crise econômica e social, está ameaçado de cassação, tem baixa popularidade e está atolado em esquemas de corrupção. O povo na rua vai fazê-los retroceder”, afirmou.



































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