8 de março - Dia Internacional da Mulher

Com o tema “Mulheres nas ruas por liberdade, autonomia e democracia. Pela legalização do aborto! Contra o ajuste fiscal e a reforma da previdência e pelo fim da violência!”, será realizado em São Paulo o ato unitário das mulheres trabalhadoras e estudantes em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que acontece nesta terça-feira (08/03). A manifestação promete tomar as ruas de São Paulo e está sendo organizada por diversas entidades, dentre elas o Movimento Mulheres em Luta (MML), Marcha Mundial das Mulheres, CSP-Conlutas, CUT, Intersindical, diversos sindicatos e coletivos feministas, sendo que a concentração será na Avenida Paulista, a partir das 16h. O ato deve começar por volta das 18 horas, quando sai em passeata pelas principais avenidas da capital.
 Porque é importante lutar nesse dia?
1)      Os empregos mais precários, informais, e os salários mais rebaixados ficam com elas.
2)      O desemprego afeta sensivelmente as mulheres trabalhadoras, em especial as negras.
3)      No Brasil conforme dados do IBGE, as mulheres ganham em média 76% do salário dos homens, ou seja, a inflação para as mulheres é ainda mais sentida com uma renda menor ao mesmo tempo em que os gastos não param de crescer.
4)      Os serviços que empregam mais mulheres, como limpeza e alimentação, são aqueles em que a terceirização avançou a passos largos na última década, pagando os menores salários e com as piores condições de trabalho.
5)      No caso da saúde, por serem as mulheres as principais usuárias do SUS, a piora do atendimento médico afeta mais as mulheres.
6)      O mesmo pode ser dito da Educação, uma vez que sem creches e escolas em tempo integral, muitas mulheres não conseguem encontrar um emprego ou seguir com os estudos por não conseguir conciliar a maternidade com a busca por uma vaga num mercado de trabalho cada vez mais hostil. No caso das mães solteiras e jovens a situação é ainda pior.
7)      O corte nos investimentos, parte do ajuste fiscal do atual governo, também afetou os programas que visam à proteção da mulher contra a violência doméstica, o estupro, etc. O Brasil ocupa a quinta posição no ranking de feminicídio. Essa violência vitimou principalmente as mulheres negras. A cada 11 minutos, acontece um caso de estupro em nosso país.
 “Quando uma mulher avança nenhum homem retrocede. Quanto mais mulheres nessa luta tivermos, e quanto mais homens aliados à justa luta em defesa das mulheres, combatendo a discriminação, maior e mais forte será a luta de toda a classe trabalhadora. Se há algo que enfraquece nossa luta, que nos divide, são os preconceitos disseminados e reproduzidos por todos nós. O machismo, assim como o racismo e a LGTBfobia, é um mal que deve ser combatido por todos aqueles que lutam contra a exploração, por um mundo mais justo, onde todos sejam livres e tenham – de fato – os mesmos direitos.”

Com informações do Movimento Mulheres em Luta (MML), Esquerda Diário e BBC Brasil, citadas no artigo “As mulheres trabalhadoras são as que mais sofrem com a crise e ajuste fiscal” no site do SINDIPETRO LP, www.sindipetrolp.org.br


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