De: Brasil 247
Nesta semana, o presidente interino e ilegítimo Michel Temer, em
solenidade no Palácio do Planalto, teve a desfaçatez de dizer o seguinte:
"Aqui, devo dizer aquilo que em momentos de dificuldades se diz: nós
teremos sacrifícios”. Os “sacrifícios” proclamados por Temer são seletivos:
pretende-se acabar com os direitos dos trabalhadores e mais pobres em benefício
dos financistas e rentistas.
Uma das principais medidas do programa de “sacrifícios” de Temer foi
anunciado na semana passada, pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de
estabelecer um limite máximo para os gastos primários do governo federal. Querem escrever na Constituição a seguinte
regra: o governo federal poderá aumentar os seus gastos primários no máximo de
acordo com a inflação do ano anterior.
Isso seria um desastre; é uma regra antissocial. Cabe uma simulação do
que teria ocorrido nos últimos dez anos nas áreas da saúde e da educação se
fosse aplicada a regra Temer-Meirelles.
Vejam a seguinte tabela: Tabela: Gastos efetivos do governo federal em
Saúde e Educação no período 2006-2015 e simulação dos mesmos gastos na regra
Temer-Meirelles – Em bilhões de Reais
lém disso, ano a ano, o gasto nessas áreas teria sido muito menor se
tivesse valido a regra antissocial da dupla Temer-Meirelles. Em termos
nominais, a perda na área da saúde de 2006 a 2015 teria sido de R$ 178,8 bi e,
na educação, R$ 321,3 bi. Explicando: Em 2006, o governo Lula investiu em saúde
o montante de R$ 40,6 bi e, em 2015, o governo Dilma alcançou o valor de R$
102,1 bi. Se fosse adotada a regra antissocial Temer-Meirelles, o orçamento da
saúde teria sido, em 2015, R$ 65,2 bi, ou seja, um orçamento 36% menor. Na
educação, o orçamento de 2015 foi de R$ 103,8 bi. Na regra antissocial, teria
sido de apenas R$ 31,5 bi – um orçamento 70% menor.
O que eles querem, de verdade, é o fim do Estado brasileiro e dos
direitos sociais. Não passarão.
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