Deu RUIM no Planalto: CGU se rebela e impede a entrada de Ministro.


No alvo das ações de desmonte da estrutura de Estado a Controladoria Geral da União (CGU) foi dissolvida e incorporada ao novíssimo Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle chefiada por Fabiano Silvério.

Após a perplexidade causada pela exibição de novas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e exibidas no domingo (29/05/16), onde o ministro Silveira faz críticas à Operação Lava Jato, além de orientar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre formas de enfrentar as investigações, centenas de servidores da antiga CGU fizeram protestos, impediram a entrada do Ministro Silvério e até chefes regionais da CGU colocaram seus cargos a disposição.

O impacto negativo que recai sobre os ombros do novo ministro se somam a obscura mudança de nome da CGU e causa ainda mais confusão e desconfiança para boa parte das pessoas que conheço.

Em pesquisa pela internet é bastante confuso compreender o que, de fato, representa a alteração de nome de Órgão. Quando nos debruçamos sob as notas da grande imprensa temos a sensação de que nada mudou ou que a CGU ampliou seu status porém, se atentarmos para os detalhes dessa mudança e, principalmente agora com a movimentação dos servidores alocados na pasta, podemos ter um pouco mais de compreensão do que realmente acontece.

A Controladoria Geral da União (CGU) não mudou apenas de nome. E, aliás, ela sempre possuiu status de Ministério - conforme disposto na Lei nº 10.683/ 2003, art. 25, parágrafo único, inciso VI - A mudança feita por Temer, tirando-a do vínculo direto com a Presidência da República (art. 1º, § 3º, inciso I da mesma Lei) e, conseqüentemente, nivelando-a com os outros Ministérios, faz com que ela perca a autoridade que tinha como Órgão máximo de Controle Interno do Poder Executivo Federal. Essa autoridade é necessária a todo Órgão de Controle para atuação de suas atividades. A Fiscalização de um Órgão de Controle Interno sobre o Órgão fiscalizado não funciona se ambos estão no mesmo patamar hierárquico. O Órgão de Controle tem que estar, necessariamente, em nível superior de autoridade. Mudanças como estas só interessam a quem não quer se sujeitar ao controle de suas ações, principalmente o governo.

Se somarmos a leitura do parágrafo acima às gravações veiculadas no domingo, onde podemos perceber claramente a atuação de Fabiano Silvério junto ao Governo Interino,  fica muito fácil entender o propósito da “simples alteração de nome” da CGU e a reação de seus servidores nessa segunda.


A única pergunta que não tento responder e deixo aos companheiros de luta bem como a todos os leitores é: o que devemos fazer quanto a tudo isso?

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