Temer e sua ponte.


Por: Rogério Grossi de Britto (14/05/2016)

Estava lendo a Folha de São Paulo hoje e me recordei de um debate entre o ex-colunista da Revista Veja, Rodrigo Constantino, e o político Ciro Gomes. Esse debate chegou a viralizar a internet onde, ao o assistir, não tive certeza se esse serviu mais para demonstrar a fragilidade de parte dos colunistas da revistas acima citada que demonstrou, na ocasião, um conhecimento superficial sobre os assuntos debatidos e, em minha opinião, teve um dos dias mais infelizes de sua vida - onde confesso que cheguei a sentir vergonha por Constantino -. Se para demonstrar a capacidade de oratória de Ciro, que demonstrava extrema confiança e domínio das informações que apresentava ou, se para demonstrar que o receituário neo-liberal não eram capazes de resolver a crise pela qual o Brasil passa.
Mas o que vale ressaltar aqui não diz respeito ao valor do debate em si mas uma pequena informação que me lembro que foi debatida na ocasião que volto a ver nesse instante. Em dado momento do debate Ciro Gomes questionou o colunista da Veja perguntando qual seria a sua formula para cortar apenas 1 bilhão em gastos públicos de um orçamento que ultrapassa R$ 1 trilhão. O debate se deu em torno desse assunto e daí pra frente foi vexatório para o colunista da Veja. Duas coisas ficaram marcadas em minha cabeça quanto as propostas do colunista que seria o corte de ministérios e a demissão de funcionários. Ciro não perdeu a oportunidade e deu um show em Rodrigo Constantino e demonstrou, por A mais B, que o receituário neo-liberal era apenas uma maquiagem e que as medidas reais de políticas neo-liberais em nada interessava de fato ao bem da população e só serviriam para vender, ainda mais, nossa alma ao mercado.
Mas por que cito isso agora? Vejam só a matéria da Folha de São Paulo de hoje “Corte de cargos de Temer só gera economia simbólica” (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/05/1771246-corte-de-cargos-de-temer-so-gera-economia-simbolica.shtml). Talvez simbólico não seja a expressão mais adequada e sim psicológica, pois o orçamento que, com os então 32 ministérios e 21,5 mil cargos comissionados, contando os investimentos e o gasto total com pessoal, totalizava R$ 1,065 trilhões e agora, o governo com 25 ministérios e enxuto - dentro do que exprimia os cartazes das manifestações dos cochinhas - os gastos atingiram a excepcional marca de... R$ 1,065 trilhões.
Nada muda de fato a não ser o número de ministros. É... as medidas de Temer a cada dia parecem mais serem feitas pela redação do informativo Sensacionalista (jornal de humor) do que por assessores e políticos experientes que dizem trabalhar para salvar o Brasil.
Ciro tinha razão, não apenas quando solicitava a Constantino para citar medidas que proporcionassem a economia de míseros R$ 1 bilhão, mas por chamar esse bando de quadrilha, Eduardo Cunha de picareta mor e Temer de conspirador mor e filho da p... Infelizmente é difícil, mas importante reconhecer que os coxinhas estão conseguindo construir, assim como citado no “Plano” de governo Temer, uma ponte. Mas é uma ponte que vai nos levar, com o perdão da má palavra, para a casa do c....
Há... dos 23 mil cargos comissionados possíveis para os ministérios e que após cortes feitos por Dilma chegou a marca de 21,5 mil funcionários em atuação até a sua saída. Hoje, após o corte de 7 ministérios o quadro de funcionários registra a marca de... Adivinha.


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