A FUP e a CUT repudiam as medidas anunciadas pelo governo ilegítimo
de Michel Temer, entre elas a intenção de abrir a exploração do Pré-Sal
para as multinacionais. Como vínhamos alertando, o principal objetivo
dos golpistas é tomar de assalto a mais cobiçada reserva de petróleo do
planeta. Um tesouro que os especialistas estimam conter no mínimo 273
bilhões de barris de óleo.
Quando Temer anunciou nesta terça-feira (24) que irá priorizar a
aprovação do Projeto de Lei 4567/16, que tira da Petrobrás a garantia de
ser a operadora única do Pré-Sal e de ter participação mínima de 30%
nos campos licitados, começou a pagar a conta dos financiadores do
golpe.
Abrir a operação do Pré-Sal para as multinacionais é o primeiro passo
para acabar com o regime de partilha, conquistado a duras penas pelo
povo brasileiro para que o Estado possa utilizar os recursos do petróleo
em benefício da população.
Além de ser a única petrolífera que movimenta a cadeia nacional do
setor, gerando empregos e investimentos no país, a Petrobrás é também a
única empresa que detém domínio tecnológico para operar o Pré-Sal com
custos abaixo da média mundial. Menores custos significam mais recursos
para a educação e a saúde, setores que o governo ilegítimo de Michel
Temer anunciou que serão contingenciados.
O Pré-Sal, além de fazer do nosso país um dos principais produtores
mundiais de petróleo, é a maior riqueza que a nossa nação dispõe para
garantir desenvolvimento econômico e social ao povo brasileiro. Para
isso, é fundamental que tenhamos uma empresa nacional de porte na
operação destas reservas.
Abrir mão da Petrobrás como operadora do Pré-Sal é ir na contramão do
mundo. As empresas nacionais e estatais de petróleo detêm 90% das
reservas provadas de óleo e gás do planeta e são responsáveis por 75% da
produção mundial.
Se a Petrobrás deixar de operar o Pré-Sal, nenhuma outra petrolífera
investirá em nosso país, movimentando a indústria nacional, como faz a
estatal brasileira. Mais de 90% das contratações do setor no país são
feitas pela Petrobrás. Nenhum navio, sonda ou plataforma foram
produzidos no Brasil a pedido das multinacionais que operam no país.
Os trabalhadores e a sociedade organizada não permitirão que o
Pré-Sal seja entregue à Chevron e às outras multinacionais, como
prometeu José Serra, autor do projeto de lei que Michel Temer que
aprovar. Essa conta não será paga pelo povo brasileiro.
José Maria Rangel - Coordenador Geral da FUP
Vagner Freitas - Presidente Nacional da CUT
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