Cunha, PCC e
repressão policial: o passado polêmico de Alexandre de Moraes, novo ministro da
Justiça e Cidadania
Eduardo Cunha, PCC (Primeiro
Comando da Capital) e ocupação estudantil: o que estas três esferas têm em
comum? A resposta está em Alexandre de Moraes, escolhido por Michel Temer para
ser o novo ministro da Justiça. À sua pasta serão incorporadas as secretarias
da Mulher, Igualdade Racial e Direitos Humanos. Sendo assim, Alexandre
comandará o Ministério da Justiça e Cidadania.
Em dezembro de 2014, ele assumiu
a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, prometendo o fortalecimento da
legislação estadual no setor. No entanto, sua passagem como secretário foi
colocada em xeque diversas vezes por conta da violência supostamente excessiva
diante de protestos e atos políticos, como, por exemplo, as ocupações
estudantis das escolas estaduais, que vêm ocorrendo desde o ano passado.
Em janeiro deste ano, um protesto
realizado pelo MPL (Movimento Passe Livre) contra aumento de tarifas foi
reprimido de forma ostensiva, o que reservou ao papel de Alexandre uma
repercussão negativa diante da opinião pública. Sob sua gestão na secretaria
foram utilizados, pela primeira vez, blindados israelenses para enfrentar
manifestações. De acordo com dados levantados pela TV Globo, a Polícia Militar
foi responsável pela morte de uma em cada quatro pessoas assassinadas no estado
paulista em 2015.
Ainda em 2015, reportagem do
“Estado de S. Paulo” afirmou que Alexandre constava no Tribunal de Justiça de
São Paulo como advogado em pelo menos 123 processos da área civil da
Transcooper. A cooperativa é uma das cinco empresas e associações que está
presente em uma investigação que trilha movimentações de lavagem de dinheiro e
corrupção engendrado pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da
Capital). À época, Alexandre disse, por meio de nota, que “renunciou a todos os
processos que atuava como um dos sócios do escritório de advocacia” e que estava
de licença da OAB durante o período investigado.
No fim de 2014, pouco antes de
assumir a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o novo ministro da
Justiça pouco defendeu Eduardo Cunha, presidente afastado da Câmara dos
Deputados, em uma ação sobre uso de documento falso em que conseguiu a
absolvição do peemedebista.
Marcela Temer, o hacker e
Alexandre
Nesta quarta-feira, a Polícia
Civil de São Paulo prendeu Silvonei José de Jesus Souza, acusado de ser o
hacker responsável por invadir o celular de Marcela Temer, mulher do presidente
em exercício, Michel Temer, e extorqui-la pedindo R$ 15 mil.
Há cerca de um mês, foi
instaurado um inquérito e decretado o sigilo sobre a investigação do caso. Para
comandá-lo, foi desginado Rodolpho Chiarelli, indicação direta do secretário
Alexandre de Moraes, agora ministro da Justiça do novo governo.
Leia mais:
http://extra.globo.com/noticias/brasil/cunha-pcc-repressao-policial-passado-polemico-de-alexandre-de-moraes-novo-ministro-da-justica-cidadania-19293131.html#ixzz48UaUxH5k
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